sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Estudo teológico. Para uma interpretação do cristianismo gnóstico como expressão do amor homoafetivo.

O Evangelho secreto de Marcos é uma destas provas de que as primeiras comunidades cristãs eram compostas por grupos de amantes homo afetivos que se reuniam nos pontos significativos da sociedade judaica. 
Podemos entender que nos primeiros séculos do cristianismo havia uma aceitação e naturalidade em expressar o amor homo afetivo entre os irmãos em Jesus. Percebemos que a Igreja de Cristo vivia de forma ritualística a homo afetividade e que este culto deve ser vivido entre os irmãos em nossos dias. Dizer que Jesus foi gay pode parecer estranho para quem não está acostumado com a ideia. Durante muito tempo fomos bombardeados com a teoria homofóbica de interpretação da Bíblia o que nos torna resistentes a admitir uma outra forma de ver o mundo. Temos de resistir é à ideia de que Ele não seria diferente.
O Evangelho Secreto de Marcos era um guia espiritual, um código descritivo da vida de Jesus e de seus milagres. 
A presença de afeto entre os homens que rodeavam o mestre não é algo de espantoso. Mesmo nos livros escolhidos pela Igreja para fazerem parte de sua Bíblia (a Bíblia foi inventada no Concilio de Nicéia, no ano 325- antes desta data não existia um livro com este nome) há momentos de pura graça e afeto entre os discípulos e seu mestre.
Um exemplo de que os primeiros Padres não eram Homofóbicos é o fato de que no Evangelho de São João, capítulo 13, versículo 23 há uma verdadeira declaração de um envolvimento afetivo entre Jesus e o Pequeno João. O texto descreve a última ceia e diz que João aquele que o mestre mais amava estava o tempo todo no colo de Jesus com a cabeça reclinada em seu peito.
Ora, se hoje eu me sentasse no colo de meu pastor e deitasse minha cabeça em seu peito o que diriam de nosso envolvimento? Com certeza diriam que somos um casal gay, concordam? Então é disso que estou falando. 
Noutro trecho do texto católico (Evangelho de Marcos, 14: 51:52) Jesus está orando e os soldados chegam para prendê-lo. Quem está com Jesus? Um jovem nú que sai correndo deixando o lençol para trás. Ora, só não entende a mensagem quem tem motivos para não querer entender. O que Jesus estava fazendo no meio da floresta (Monte Getsêmani) de oliveiras, na escuridão da noite (fico imaginando como deveria estar lindo se tivesse um luar de lua cheia naquela noite. A última noite em que os amantes passariam juntos) junto com um jovem nú. Estariam olhando as estrelas? Estariam buscando piolhinhos na cabeça um do outro? Ora, Jesus estava ENSINANDO ao jovem sobre as coisa do Reino de Deus.
Este jovem era João Marcos, que posterior à morte de Jesus se tornaria discípulo de Paulo e depois de Pedro, já que era muito jovem para seguir Jesus. Mas sempre estava por perto mesmo não estando entre os discípulos. Uma prova de que era muito jovem é sua ocupação apontada pelo mestre: carregador de água, função que os homens mais velhos não fariam. Carregar água era coisa para meninos e mulheres. (Mc. 14:13: Ide à cidade e um homem carregando um cântaro d'água os encontrará- é claro que Marcos escreve apontando a sí como "um homem", o que de fato já era.)    
Por que estou apontando os textos e chamando-os de textos católicos? Porque a Igreja Católica Apostólica Romana foi que inventou a Bíblia (juntou os textos hebraicos aos textos pré catolicismo- somente aqueles que interessavam à casta sacerdotal) e mesmo dentre estes livros, que foram submetidos a criterioso crivo analítico, podemos verificar provas de demonstração pública de afeto.
A Igreja de Jesus era basicamente um grupo fechado, exclusivista. Não muitas pessoas participavam do círculo íntimo de Jesus. Quem quisesse fazer parte do grupo deveria se submeter a aprovação pessoal de Jesus. 
Vejam o exemplo do jovem rico que foi reprovado por Cristo: O jovem veio a Jesus pedir para participar do grupo dizendo: Mestre que devo fazer para herdar o Reino? E o mestre lhe deu uma tarefa difícil já sabendo que o jovem não teria coragem de fazer. --- Venda tudo o que você tem, doe tudo aos pobres. Aí então você pode me seguir.   
Ora, negar que o sexo entre eles era um rito de passagem, uma prova de seu envolvimento e de sua cumplicidade, para fazerem parte do círculo fechado de Cristo, somente não querendo ver.
Fiquem com Deus. 

EVANGELHO GAY. Uma prova de que Jesus recebia jovens efebos em sua tenda para relações sexuais.

Evangelho Secreto de Marcos.
E Jesus disse ao jovem o que deveria fazer, e a noite este veio a Ele com um vestido de linho sobre o corpo nu  E ficaram juntos aquela noite pois Jesus ensinou-lhe o Mistério do Reino de Deus.
Fonte: Wikipedia
O Evangelho Secreto de Marcos é um suposto apócrifo do Novo Testamento, conhecido exclusivamente através da carta de Mar Saba, que descreve uma versão expandida do canônico Evangelho de Marcos com alguns episódios esclarecidos e escrito para uma elite já educada.
Em 1973, Morton Smith (29 de maio de 1915 - 11 de julho de 1991), professor de História Antiga na Universidade de Colúmbia, alegou ter encontrado uma carta anteriormente desconhecida de Clemente de Alexandria no Mosteiro de Mar Saba, na Cisjordânia, transcrita nas páginas finas de uma edição impressa do século XVII das obras de Inácio de Antioquia. O manuscrito original foi posteriormente transferido para outro mosteiro e acredita-se que tenha se perdido. Toda a pesquisa posterior se baseia em fotos e cópias, inclusive as feitas pelo próprio Smith.
O anúncio da descoberta da carta causou sensação na época, mas logo vieram as acusações de falsificação e erro de interpretação. Estudos posteriores, inclusive uma análise grafológica das fotografias de alta qualidade do documento, publicados pela primeira vez em 2000, revelaram mais evidências de uma possível falsificação, levando acadêmicos como Craig A. Evans e Emanuel Tov a concluíram tratar-se de uma fraude, com Smith como principal suspeito. Porém, ao mesmo tempo que um crescente número de acadêmicos se convenceram da fraude, muitos outros continuaram a defender a carta de Mar Saba como genuína. O debate continua sobre a sua autenticidade e a do evangelho "secreto" que ela descreve .
Morton Smith
Em 1973, Morton Smith publicou um livro sobre uma carta anteriormente desconhecida de Clemente de Alexandria . Ele afirmou que, enquanto catalogava documentos no antigo mosteiro grego ortodoxo de Mar Saba, no verão de 1958, ele descobriu o texto escrito à mão nas páginas finais da edição impressa de 1646 de Isaac Vossius das obras de Inácio de Antioquia. Ele tratava de uma carta de Clemente a um tal Teodoro, a quem ele avisava sobre um Evangelho de Marcos que teria sido falsificado pela seita gnóstica dos carpocracianos. Clemente, segundo o texto, concedia que o evangelho era uma versão "mais espiritual" de Marcos e o cita. Esta carta passou então a ser conhecida como "Carta de Mar saba". No livro, Smith publicou uma coleção de fotos em preto-e-branco que ele mesmo fez sobre o texto. Ele publicou também um segundo livro, para um público mais amplo em 1974.
História
Por muitos anos acreditou-se que apenas Smith teria visto o manuscrito. Porém, vinte e cinco anos depois, Guy G. Stroumsa relatou que, em 1976, ele, juntamente com os falecidos professores da Universidade Hebraica de Jerusalém David Flusser e Shlomo Pines, o arquimandritaMeliton e um monge de Mar Saba mudaram o manuscrito do lugar onde Smith o havia deixado. Stroumsa publicou seu relato ao saber que ele era o último acadêmico ocidental a ter visto a carta. Ele, Meliton e os outros acadêmicos determinaram, na época da mudança, que o manuscrito estaria mais seguro em Jerusalém do que em Mar Saba. Eles então o levaram com ele e Meliton o depositou na biblioteca do patriarcado. O grupo procurou formas de testar a tinta utilizada, mas a única entidade na área capaz de realizar o teste era a polícia de Jerusalém e Meliton não queria deixar o manuscrito sob a guarda deles. Por isso, nada foi feito.
Pesquisas posteriores descobriram mais informações sobre o manuscrito. Em 1977, o bibliotecário e sacerdote Kallistos Dourvas removeu as duas páginas contendo o texto da carta para fotografá-las e recatalogá-las. A recatalogação jamais ocorreu e Kallistos posteriormente contou a Charles W. Hedrick e Nikolaus Olympiou que as páginas foram então mantidas separadas juntamente com o livro até pelo menos 1990, quando ele se aposentou. Algum tempo depois disso, as páginas foram novamente realocadas e as diversas tentativas de localizá-las desde então fracassaram. Olympiou sugere que pessoas na Biblioteca Patriarcal podem estar escondendo-as por causa uso sensacionalista que Morton Smith teria feito delas. O padre Kallistos entregou suas fotos coloridas do manuscrito a Hedrick e Olympiou, que as publicaram no livro The Other R em 2000.
Até 2012, o paradeiro do manuscrito permanece desconhecido e as únicas provas de sua existência são os dois conjuntos de fotografias, o de Smith, em preto-e-branco, e o do padre Kallistos, colorido. A tinta e as fibras do manuscrito jamais foram testadas.
Conteúdo da Carta de Mar Sabba
Na carta de Mar Sabba, o Evangelho Secreto de Marcos é descrito como uma segunda versão, "mais espiritual", do Evangelho de Marcos, composto pelo próprio evangelista. Seu objetivo seria supostamente encorajar a sabedoria (gnosis) entre os cristãos mais avançados e seria utilizado na liturgia de Alexandria.
Fragmentos
A carta inclui dois trechos do Evangelho Secreto. O primeiro deveria ser inserido, segundo Clemente, entre os versículos 34 e 35 do capítulo 10 de Marcos:
E eles vieram para Betânia. E uma certa mulher cujo irmão havia morrido estava lá. E, se aproximando, ela se prostrou perante a Jesus e disse-lhe, 'Filho de David, tende piedade de mim'. Mas os discípulos a afastaram. E Jesus, furioso, se afastou com ela até o jardim onde estava o túmulo e, imediatamente, um forte grito se ouviu vindo dali. E, se aproximando, Jesus rolou a pedra que selava a porta do túmulo. Imediatamente, indo até onde estava o jovem, ele estendeu suas mãos e o ergueu, segurando-o pelas mãos. Mas o jovem, olhando para ele, se enamorou e começou a insistir para que Jesus ficasse com ele. E, saindo do túmulo, eles foram à casa do jovem, pois ele era rico. Após seis dias, Jesus disse-lhe o que fazer e, à tarde, o jovem foi até ele vestindo um manto de linho sobre o corpo nu. Jesus permaneceu com ele durante aquela noite, pois Jesus ensinou-lhe o mistério do reino de Deus. E, de lá, se levantando, ele retornou para o outro lado do Jordão
.
O segundo trecho é bem curto e deveria ser inserido, de acordo com Clemente, em Marcos 10:46:
E a irmã do jovem que Jesus amou, sua mãe e Salomé foram lá e Jesus não os recebeu”
Comentário de Clemente
Ainda que Clemente tenha endossado estas duas passagens como genuínas, ele rejeitou como uma corrupção carpocraciana as palavras "corpo nu".
Carta de Clemente a Teodoro.
Análise de Morton Smith
Com base em uma análise lingüística, Smith defendia que a carta poderia de fato ser uma genuína descoberta de uma carta inédita de Clemente e que as duas citações remontariam à versão original de Marcos, em aramaico, que também servira de fonte não só para o Marcos canônico, mas também para o Evangelho de João. Ele também acreditava que Jesus teria batizado o jovem ressuscitado num possível ato homossexual. Finalmente, Smith também defendia o ponto de vista de que o Jesus histórico seria um magus possuído pelo Espírito Santo e que o libertinismo de Jesus teria sido posteriormente reprimido por Tiago, seu irmão, e por Paulo de Tarso.
Acolhida
Logo de início já havia sugestões de que, ainda que o manuscrito de Mar Saba fosse de fato antigo e genuíno, ele poderia conter material falsificado antigo ou medieval e baseado nos textos canônicos. Também havia dúvidas se a carta seria de Clemente de Alexandria ou não, embora diferenças de conteúdo em relação aos demais escritos de Clemente já tivessem sido percebidas. O texto não contém, por exemplo, nenhum dos erros típicos da tradição manuscrita. Charles Murgia (1975) concordou com as alegações de Quesnell de que a carta seria uma falsificação moderna e acrescentou novos argumentos.
Décadas de 70 e 80
F. F. Bruce (1974) via a história de um jovem de Betânia como se baseando, de forma desajeitada, na história de Lázaro do Evangelho de João. Assim, ele vê o Evangelho Secreto como um derivado e nega que ele possa ter sido a fonte da história de Lázaro ou evangelho paralelo independente. Raymond E. Brown (1974) conclui que o autor do Evangelho Secreto se baseou no Evangelho de João, senão numa cópia escrita, pelo menos de memória. Skehan (1974) apoiava este ponto de vista, afirmando que era "inquestionável" a dependência do texto de João. Robert M. Grant (1974) encontrou no Evangelho Secreto elementos dos quatro evangelhos canônicos e chegou à conclusão de que ele foi escrito após o século I. Helmut Merkel (1974) também concluiu que o Evangelho Secreto é dependente dos quatro canônicos após ter analisado as principais frases em grego.
Frans Neirynck (1979) defendia que o Evangelho Secreto pressupunha a existência dos quatro canônicos. O autor dele parece ter juntado os vários trechos dos evangelhos sinóticos onde a palavra grega neaniskos ("jovem") foi utilizada (Marcos 14:51Marcos 16:5Lucas 7:14Mateus 19:20-22). Ele também aponta outras similaridades.
PRESTEM ATENÇÃO NESTE COMENTÁRIO:
Ron Cameron (1982) e Helmut Koester (1990) defenderam que o Evangelho Secreto precedia o Marcos canônico e que este era, na realidade, uma abreviação daquele. Isto explicaria a descontinuidade na narrativa indicada mais acima. John Dominic Crossan (1985) apoiou o ponto de vista de Koester: "Eu considero que o Marcos canônico é uma revisão deliberada do Marcos secreto".
Quando o historiador sueco Per Beskow estava preparando a sua edição em inglês de Strange Tales about Jesus (1983) e lançou dúvidas sobre o Evangelho Secreto, Morton Smith respondeu ameaçando processar a editora que lançaria o livro na língua inglesa, a Fortress Press, da Filadélfia, em "um milhão de dólares", o que fez com que a editora fizesse uma emenda no parágrafo contestado.
Década de 90, após a morte de Smith em 1991
N. T. Wright (1996) escreveu que a maioria dos acadêmicos que aceitavam o texto como genuíno viam o Evangelho Secreto como uma adaptação gnóstica muito posterior do Marcos canônico. (Como sustentar essa opinião se já existe a tese de que o Marcos canônico foi resumido do texto secreto?).
Além disso, Peter Kirby especulou que, se a carta for genuína, Clemente pode ter se enganado em sua visão de que o Marcos secreto seria uma versão mais longa do Marcos canônico escrita especificamente para a elite espiritual. Ao invés disso, propôs o Marcos secreto seria, na verdade, a versão original do Marcos canônico. Se este cenário for verdadeiro, os trechos que Clemente alega serem adições seriam, na verdade, partes do original editadas pelos escribas (possivelmente por causa da percepção de homoerotismo). Uma vez que o único conhecimento que temos sobre esse Marcos secreto deriva da Carta de Mar Saba, é atualmente impossível saber se a visão de Clemente era acurada ou se o Marcos secreto era de fato a versão original do Marcos canônico.
O ponto de vista de que o Evangelho Secreto e o manuscrito de Mar Saba são falsificações modernas foi defendido, após a morte de Smith, por Jacob Neusner, um especialista no judaísmo antigo. Neusner fora estudante e um admirador de Smith, mas, em 1984, eles se desentenderam seriamente após Smith ter questionado publicamente a competência de seu antigo aluno. Neusner posteriormente descreveu o Evangelho Secreto como "a falsificação do século” . Porém, Neusner jamais publicou uma análise detalhada do Evangelho Secreto ou uma explicação de por que ele acreditava que ele seria uma falsificação.
O fato de Smith ter sido, por muitos anos, o único acadêmico a ter visto o manuscrito contribuiu muito para as suspeitas de falsificação. Elas se dissiparam com as publicações das fotografias coloridas em 2000 e a revelação de que Guy Stroumsa e diversos outros o viram em 1976. Como resposta à suspeita de que Smith teria impedido outros acadêmicos de examinaram o manuscrito, Scott G. Brown lembra que ele não teria condições de fazê-lo. O manuscrito havia permanecido onde Smith o havia encontrado e onde Stroumsa e os demais o encontraram dezoito anos depois. Ele só foi desaparecer após ter sido levado para Jerusalém e separado do livro.
Stephen C. Carlson escreveu que a recepção entre os acadêmicos do Evangelho Secreto, nas palavras de Larry Hurtado, como:
  “O Evangelho Secreto à que ela se refere pode ser uma edição antiga de Marcos produzida no século II por algum grupo procurando promover seus interesses esotéricos”.
Em 2001, o acadêmico Philip Jenkins chamou atenção para um conto muito popular de James Hunter chamado The Mystery of Mar Saba ("O Mistério de Mar Saba"), que foi publicada pela primeira vez em 1940. Ele apresenta algumas similaridades pouco usuais com os eventos em torno do manuscrito de Mar Saba ocorridos após 1958. Posteriormente, Robert M. Price também chamou atenção para este mesmo conto. Em 2007, o musicologista Peter Jeffery também publicou um livro acusando Morton Smith de fraude argumentando que ele teria escrito o documento de Mar Saba com o objetivo de "criar a impressão de que Jesus teria praticado atos homossexuais". Outros ponderaram se esta acusação não teria sido feita supondo que o próprio Smith seria homossexual, dado que ele já tinha uma bem firmada reputação de ser cínico e muito esperto.
Em 2005, o escritor Stephen Carlson publicou "The Gospel Hoax: Morton Smith's Invention of Secret Mark" ("A Fraude do Evangelho: A invenção do Evangelho Secreto de Marcos por Morton Smith"), no qual ele detalha sua acusação de o próprio Morton seria o autor e o escritor por trás do manuscrito de Mar Saba. Quando Carlson examinou as fotografias de Smith, ele alegou ter percebido "um tremor de falsificador"; Assim, de acordo com Carlson, as cartas não teriam sido sequer escritas, mas desenhadas por uma mão trêmula que levantava a caneta entre as letras. Carlson também alega que suas comparações com a forma típica como Morton escrevia as letras gregas (em suas correspondências e notas pessoais) revelam uma forma pouco usual das letras theta e lambda no texto de Mar Saba e que conferem com a forma peculiar empregada por Morton quando as escrevia. Porém, estas alegações de Carlson foram, por sua vez, refutadas por trabalhos acadêmicos posteriores, especialmente por Scott G. Brown em diversos artigos.
Em 2010, duas novas análises grafológicas do manuscrito de Mar Saba foram realizadas por dois grafologistas gregos a pedido da publicação Biblical Archaeology Review. O primeiro, Venetia Anastasopoulou, um especialista forense em grafologia com experiência em muitos casos nas cortes gregas, comparou as fotos de Mar Saba com exemplos conhecidos da letra de mão de Morton em grego e concluiu que o texto muito provavelmente não era de autoria dele. Porém, o segundo grafologista, Agamemnon Tselikas, um paleógrafo, diretor da Fundação Cultural do Banco Nacional da Grécia e também do Instituto Mediterrâneo de Pesquisa em Paleografia, Bibliografia e História Textual, concluiu que o manuscrito era uma falsificação do século XX de um texto do século XVIII e que, provavelmente, o falsificador teria sido Smith ou alguém empregado por ele.
Além disso, analisando as fotos e comparando-as com imagens do livro de Voss de 2000, Scott G. Brown sugere que a composição química evidente da tinta torna improvável que o manuscrito seja uma falsificação do século XX. Ele argumenta que levaria pelo menos 25 anos, possivelmente mais, para que a tinta se deteriorasse até o estado aparente pelas fotos de Smith.
Finalmente, ainda que a tese de falsificação seja verdadeira, permanece a dúvida se Smith foi o falsificador ou empregou alguém para a tarefa.
Lacuna e e continuidade
Em Marcos 14:51-52, "um moço, coberto unicamente com um lençol" foi preso durante a prisão de Jesus, mas ele conseguiu escapar deixando para trás o lençol, nu. Esta passagem parece completamente desconectada do resto da narrativa e já foram apresentadas diversas interpretações para tentar explicá-la. Em geral, se sugere que o jovem seria o próprio Marcos. Outros acreditam que o garoto seria um estranho que vivia perto do jardim e que, após ter sido acordado, correu, semi-nu, para ver o que estaria acontecendo. W. L. Lane acredita que Marcos teria mencionado este episódio para deixar claro que "todos (não apenas os discípulos) fugiram, deixando Jesus sozinho sob a custódia dos soldados".
A mesma palavra grega para "jovem" (neaniskos) é utilizada tanto no Evangelho Secreto como nesta passagem. Se aceitarmos a teoria de Helmut Koester de que o Marcos canônico seria uma revisão do Evangelho Secreto, outra explicação é possível: o editor, na antiguidade, teria apagado um encontro anterior de Jesus com este mesmo jovem "com um lençol" e incluído este incidente, também envolvendo o jovem, durante a prisão de Jesus.
Há uma outra ocorrência da palavra neaniskos em Marcos, na figura do jovem vestido de branco no túmulo de Jesus (Marcos 16:5). Nesta passagem em particular, há também trechos similares em Mateus e em Lucas, mas nenhum dos outros sinóticos faz uso da palavra: em Mateus 28:2 aparece um "anjo do Senhor" vestido de branco e em Lucas 24:4, "dois homens" (em grego: andres). Assim, é possível que todas as três ocorrências da palavra em Marcos e no Evangelho Secreto estejam relacionadas. Já os defensores da tese da falsificação, por outro lado, defendem que o Evangelho Secreto foi criado com base nas duas passagens do Marcos canônico.
Evangelho Secreto de Marcos e o Evangelho de João
A história da ressurreição do jovem por Jesus no Evangelho Secreto tem muitas similaridades com a história da a ressurreição de Lázarono Evangelho de João (João 1:44), algo já notado pelo próprio Morton Smith.
Ele tentou demonstrar que a história da ressurreição no Evangelho Secreto não contém nenhuma das características secundárias encontradas na história de João e que esta seria mais desenvolvida do ponto de vista teológico. Ele concluiu que a versão do Evangelho Secreto seria uma versão mais antiga, independente e confiável da tradição oral.
Helmut Koester concorda com Smith que ambas as histórias são muito similares:
Que são, de fato, a mesma história é evidente na ênfase sobre o amor entre Jesus e o jovem que ele ressuscitou, expressado duas vezes no trecho adicional do Evangelho Secreto. Ambas também ocorreram em Betânia”

— Helmut Koester, Ancient Christian Gospels.
Além disso, Koester argumenta que a história da ressurreição no Evangelho Secreto parece ser independente da encontrada em João 11 e que o autor do Evangelho Secreto pode ter tomado contato com ela a partir de uma outra fonte, provavelmente alguma tradição que circulava livremente na época sobre Jesus:
É, contudo, impossível que o Evangelho Secreto seja dependente de João 11. Em sua versão da história, não há traços da longa redação encontrada em João (nomes próprios, o motivo da demora na viagem de Jesus, medidas de espaço e tempo, discursos sobre Jesus com seus discípulos, com Marta e com Maria). Com relação à forma, o Evangelho Secreto representa um estágio do desenvolvimento da história que corresponderia à fonte utilizada por João. O autor evidentemente ainda tinha acesso às tradições históricas sobre Jesus ou à alguma coleção escrita mais antiga de histórias milagrosas”

— Helmut Koester, Ancient Christian Gospels.
Porém, outros acadêmicos concluíram que o Evangelho Secreto é dependente de João e não o inverso. Raymond E. Brown acredita que é provável que ele dependa de João pelo menos como uma lembrança. Skehan, num comentário sobre a obra de Brown, afirma que a dependência de João é "inequívoca".
Interpretações do Evangelho Secreto
Significado batismal
Até recentemente, as opiniões eram muito uniformes ao interpretar a ressurreição do jovem retratada no Evangelho Secreto primordialmente como uma referência ao batismo, uma forma de "iniciação". Esta era a opinião que o próprio Smith propôs originalmente.
Mas, em anos recentes, um debate se iniciou sobre este assunto. Por exemplo, Scott G. Brown (que defende a autenticidade do Evangelho Secreto) discorda de Smith que a cena seja uma referência batismal. Assim, ele diz "Não há menção de água e nem o relato de um batismo" e acrescenta que "...o manto de linho do jovem tem conotações batismais, mas o texto desencoraja qualquer tentativa de retratar Jesus literalmente batizando-o". S. Carlson parece concordar com Brown. A ideia de que Jesus teria praticado o batismo não aparece nos evangelhos sinóticos, mas somente no Evangelho de João (João 3:22João 4:1 - o versículo seguinte afirma que não era Jesus pessoalmente quem realizava os batismos).
De acordo com Brown, para Clemente, "o mistério do Reino de Deus" significava principalmente "instrução teológica avançada". Estes temas também são relevantes na discussão sobre a autenticidade do Evangelho Secreto, pois Brown claramente implica que Smith, pessoalmente, não compreendeu claramente a descoberta que fez.
Outras interpretações
Em 2008, uma longa correspondência entre Smith e seu professor e amigo de longa data Gershom Scholem foi publicada, onde ele discute o manuscrito de Mar Saba ao longo de muitos anos. O editor do livro, Guy Stroumsa, argumenta que Smith não poderia ter forjado o manuscrito, pois, na correspondência, ele aparece "discutindo o material com Scholem ao longo do tempo de uma forma que claramente demonstra um processo de descoberta e reflexão". Estas cartas podem ser interpretadas de forma diferente, contudo. Smith escreveu em 1948 que estaria trabalhando nos Padres da Igreja, "especialmente Clemente de Alexandria"(p.28). Em 1955, Smith escreveu que estaria trabalhando num capítulo "de um livro sobre Marcos" (p. 81). Posteriormente, no mesmo ano, Smith já escreve "meu livro sobre Marcos" (p. 85).
A edição de novembro/dezembro de 2009 da Biblical Archaeology Review (BAR 35:06) traz uma seleção de artigos dedicados ao Evangelho Secreto de Marcos, incluindo artigos por Charles W. Hedrick , Hershel Shanks e Helmut Koester. De forma geral, eles apóiam a autenticidade do manuscrito de Mar Saba.
Teorias de Smith sobre Jesus histórico
Em obra posterior, Morton Smith passou a defender cada vez mais uma representação de Jesus como praticante de alguma forma de rituais mágicos e do hipnotismo, o que, segundo ele, explicaria suas curas e exorcismos nos evangelhos. Ele parece ter desenvolvido esta visão peculiar de Jesus a partir de 1967, explorando de forma cuidadosa quaisquer traços de uma suposta "tradição libertina" no cristianismo primitivo e no Novo Testamento. Contudo, há pouco no manuscrito de Mar Saba que dê suporte a qualquer uma de suas teorias, o que é evidente pelo fato de que apenas 12 linhas são dedicadas ao manuscrito em seu livro Jesus the Magician ("Jesus, o Mago").

SOCIEDADE DE JOVENS GAYS EVANGÉLICOS

SOCIEDADE DOS JOVENS DE CRISTO COM O ARCO-IRIS GLORIOSO-               MANIFESTO DO CENTO-OESTE
Quando te acusarem dizendo que você é pecador SAIBA QUE ISSO É MENTIRA. E nós podemos te ajudar a entender porque insistem em afirmar o pecado como objeto de acusação. O sexo é uma benção que Deus deu aos homens para suportarem as tristezas que o mundo provoca em nós. O nosso amor é aquele abençoado por Deus na sua Palavra. Não se esqueça de que em lugar algum há condenação para o amor, mesmo aqueles que estão compilados no livro denominado Bíblia Sagrada, inventado por aquela FILOSOFIA  da metafísica para controle de mentes, desde os primeiros séculos. Esta filosofia matou centenas de milhares de pessoas queimadas em fogueiras, torturadas em seus aparelhos de tortura e continua mentindo quanto ao que escondem por debaixo das suas interpretações feitas de pedaços longos de pano. Saiba que quando disserem que no livro tal há um homem que se deita ou como se deita, não acredite naquilo que eles querem que você pense que é que está escrito lá. Estes filósofos da metafísica que tecem louvores de si mesmos e também aqueles teólogos da prosperidade que gritam em lugares ermos das cidades, não são seus amigos e nem estão preocupados com o seu bem estar. Querem somente o seu dinheiro. Querem somente distinção, prazer, dinheiro e poder. Naquelas duas filosofias que os senhores de terno e saia negra insistem em afirmar que até as criancinhas eram como eles, não há nenhuma relação com o que querem que você pense.  Estes filósofos da metafísica são os mesmos da Inquisição que levaram mais de 100 milhões de mulheres à fogueira e continuam matando até hoje. A matança foi tamanha que essa gente ainda se ajoelha diante do altar sangrento de seus pontos de adoração. Queremos deixar claro que essa não é nossa filosofia e apesar de que eles querem que lutemos por eles uma guerra de sangue, estes filósofos da metafísica e os teólogos da prosperidade que vivem assombrados com o final dos tempos e que gritam nas esquinas. Não entre em uma casa que não te receba bem. Não estamos aqui para morrer de medo destes filósofos metafísicos que usam o nome de Jesus em vão. Estaremos de olhos bem abertos e entre vocês. Dormiremos em suas camas, acordaremos quando vocês tomarem o primeiro gole de seu café sem açúcar; falaremos ao telefone ao seu lado e seremos visíveis sem que nos vejam. O Nosso Mestre Cristo Jesus, o Iluminado, quando separou para seu ministério os doze homens, estava apontando um caminho para o relacionamento da sua igreja. E não é desta igreja que está aí que estamos falando. Saia do meio dessa gente, fique atento aos sinais. Não frequente lugares onde você não é bem recebido. Não dê seu dinheiro, fruto de seu trabalho sagrado, para essa gente assombrada que não te respeita. Aquele que não abandonar o seu pai e sua mãe por amor ao meu Nome, não será digno de mim. Abandone essa gente que não te ama e junte-se aos que te aceitam e te querem como você é. Se o teu pai e tua mãe não te recebem bem em sua casa busque ajuda em seus amigos. Abra seu coração. Não é vergonha compartilhar a dor que se sente. Lembre-se da palavra do mestre: quando não fores bem recebido em uma cidade, mude-se para outra. Não se ajunte com aqueles que querem te eliminar. Moramos no país que mais mata gays no mundo inteiro. Esteja atento para o comportamento dos membros da sua família; eles estão contaminados com a cultura homofóbica. Não durma com a porta destrancada. Casos de assassinatos ocorrem principalmente por negligencia e conivência da família ­­­heteronormativa. O PAI geralmente se irrita com o filho que não tem o protótipo do ogro macho, grosso. A mãe ao perceber que o pai está irritado com o filho deve afastar o menino para local seguro. Alguns pais estupram seus filhos meninos gays como castigo por serem gays. O discurso de que “esse menino tem de apanhar” é um indicativo do descontentamento homofóbico. Afaste-se de quem te agride. Esteja pronto para ser retirado do útero que te gerou. Não é porque te gerou que é dono do teu corpo. Teu corpo é teu. É templo de teu Deus. Do Deus que vive em você e te contempla no espelho. O jogo do ódio é sério e esta gente não está para brincadeirinhas. Fique atento e não ande sozinho. Procure pessoas que te aceitem como você é. Não pense que por ser legal, por ser a pessoa que te abraça que não poderá te trair. O patrão é homofóbico porque antes de ser patrão ele é pai homofóbico. Antes disso foi filho homofóbico. Formado por uma sociedade homofóbica em escolas homofóbicas. Mas não é por estar sendo atacado o tempo todo que o cordeiro tem medo do lobo. O lobo pode até pensar que o cordeiro tem medo de seus dentes. Mas o cordeiro sabe que o lobo tem muito mais medo do monstro que vive dentro dele. Não pense que você está sozinho. Procure as pessoas que te compreendem. Fique ao lado daqueles que te abraçam pelo que você é. Aproxime-se daqueles que não pedem para que você mude. E saiba que Jesus te ama porque Ele é e sempre foi igual a você. O Senhor recebeu o jovem em sua tenda porque falaram dos segredos do reino dos céus (Proto-Evangelho de Marcos). NÃO É PECADO. INVENTARAM ESSA NOÇÃO DE PECADO PARA PODER MATAR SEM CULPA. Pecado é o que os pais e mães de meninas e meninos gays fazem quando descobrem que seus filhos são “diferentes” desde pequenos. Desde quando o menino ou a menina começam a dar sinais na infância de que são diferentes, os pais convencidos pela homofobia social, começam a agredir seus filhos. Afirmam que o menino deve ser tratado com severidade para deixar de ser tão menos macho. Insistem que suas filhas devem apanhar e em alguns casos até estupram a própria filha para garantir que sejam “mulheres de verdade”. O que é ser macho em uma sociedade na qual os homens precisam matar “suas” mulheres para que se mostrem viris? O homem que é “traído” é chamado de “corno” numa forma depreciativa de aproximá-lo do animalesco. Essa é a sociedade religiosa criada pelo cristianismo deturpado de uma parte de filósofos metafísicos que só querem o poder e viver nababescamente. Estes filósofos da metafísica que fecham as portas para o mais frágil e valorizam o forte, o bruto (forte no sentido de agressivo, mal educado, violento) são os mesmos teólogos que passaram 400 anos da Idade Média matando, estuprando, violentando e queimando homens e mulheres em fogueiras nas praças nos domingos santos. Leia livros de história, pesquise por você mesmo e então vai ficar claro porque essa filosofia inventou essa ideia de pecado. Para combatermos a matança de gays e mulheres que existe nesse país, precisamos lutar contra essa ideia. E para lutarmos contra essa ideia devemos combater o criador da ideia. Quem criou essa ideia continua matando até hoje. Centenas de milhares foram mortos e tiveram seus bens confiscados mas a quem interessa continuar com a matança e as ameaças? O que dá mais resultado para essa gente é o medo que sentimos. O medo de que nossos filhos serão vítimas da violência homofóbica, o medo de que por sermos gays seremos mortos em boates, bares e cinemas. Então ficamos paralisados em nossas casas, escondidos em nossa escuridão e em nossos guetos. Nos acovardamos e não enfrentamos o governo que é quem deve estabelecer as regras. Não fique com medo. Enfrente seus medos.
Estes senhores da filosofia metafísica dizem que a fórmula DELES de interpretar o livro sagrado é a ÚNICA correta. E apontam trechos do livro sagrado para dizerem que se referem aos homossexuais. Homossexuais são o que são porque DEUS os fez assim como são. E sodomitas são eles que negam o direito à vida. E sabemos que o texto sagrado não fala de homossexuais naqueles trechos que vocês tentam usar para nos condenar. Porque querem tanto que o Deus deles SEJA DIFERENTE do NOSSO DEUS? NÓS temos a LIBERDADE de encontrarmos também a NOSSA VERDADE. Estes senhores acham que estão com a única razão e tentam usar a simplicidade ou o desconhecimento dos emaranhados difíceis do complicado texto BÍBLICO para condenar todos os que não são IGUAIS a eles. Basta ver como tratam os diferentes. A falsidade do amor falso com que tratam tudo o que é diferente. Agridem todos os que pensam diferente. SOMOS DIFERENTES PORQUE DEUS NOS FEZ ASSIM! AMAMOS DE FORMA DIFERENTE E é SÓ isso que nos faz diferentes de vocês. No mais SOMOS IGUAIS EM TUDO e em todo o resto. E é justamente isso que assusta estes senhores HOMOFÓBICOS. A ideia de que Somos iguais porque somos TODOS filhos do mesmo DEUS os assusta e os deixa irritados. Se somos GAYS porque DEUS nos fez gays, então DEUS também tem um pouco da NATUREZA GAY Nele já que nos fez à sua IMAGEM E SEMELHANÇA. E como filhos do mesmo DEUS temos a mesma natureza divina. PRONTO! Este é o ponto. É isso que irrita e escandaliza essa gente homofóbica e raivosa.
Atendimento terapêutico para pais e filhos que descobrem a homossexualidade.
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